EVENTO: Para além da morte: História, Patrimônio e Memória
CATEGORIA: Minicurso
CARGA-HORÁRIA: 12h
DATA: 28 e 29 de maio, das 14 às 17h, no CEGOE, UFRPE. Dia 30 de maio, no mesmo horário, no Cemitério Senhor Bom Jesus da Redenção, conhecido como Cemitério de Santo Amaro.
INVESTIMENTO: R$ 3,00
(três reais) para custear despesas do evento e arrecadar verba para o
caixa do Diretório Acadêmico Manuel Correia de Andrade.
VAGAS: 35
É fato, perder um
ente querido é provavelmente uma das maiores dores humanas, no entanto, os
cemitérios existem e estão repletos de simbologia. Cada família, em sua respectiva
época, possui sinais religiosos e particulares para lembrar aqueles que já
partiram, sendo as sepulturas os depositários perpétuos dessa última homenagem.
Estudar as sepulturas nos permite entender fragmentos importantes do imaginário
de uma sociedade. Além de uma simbologia especial, relacionada à última morada
do ser humano, podemos detectar os aspectos econômicos e sociais que as
caracterizam. Partindo desse
pressuposto, canalisamos o maior expoente do patrimônio fúnebre
da cidade do Recife, o cemitério Senhor Bom Jesus da Redenção, mais conhecido
como Cemitério de Santo Amaro, o qual constituiu-se na primeira necrópole
planejada do país.
Pretendemos com
este mini-curso refletir sobre a formação do cemitério e suas principais implicações
que ecoaram na sociedade recifense do século XIX, ou seja, as transformações na
dinâmica fúnebre causada pela transferência dos enterramentos das igrejas para
o cemitério, alterando assim este aspecto cultural da cidade. Logo após, iremos
analisar o simbolismo de algumas sepulturas com o fim de detectar o uso dos
símbolos servindo-se como uma nova estratégia de identidade e memória.
Finalmente, iremos refletir sobre o espaço cemiterial, visualizado-o como parte
integrante do patrimônio histórico e
artístico da cidade. Com estes dados, traçamos estratégias
pedagógicas com o fim de apresentar o cemitério como um verdadeiro museu a céu
aberto, utilizando-se de uma visitação acompanhada, uma verdadeira oficina, a
qual demonstra, entre coisas, os aspectos da memória coletiva do homem do
século XIX e por extensão da sociedade contemporânea.